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Cadeias de Fornecimento Globais

As cadeias de fornecimento globais ganharam importância vital para muitas organizações na medida em que estas procuram oferecer soluções de valor aos seus clientes, ao mesmo tempo que conquistam vantagens competitivas no mercado. À medida que vai crescendo a complexidade nas cadeias de fornecimento, criam-se novos riscos tanto para o comprador como para o vendedor que nelas participam. A Chartis desenvolveu soluções de gestão de risco inovadoras tanto para uns como outros.

Cadeias de Fornecimento Globais
O Risco do Comprador
Embora a possibilidade de acesso a fontes globais, a produção otimizada e os sistemas de inventário com atualização em tempo real tenham levado a poupanças substanciais, também originam maior vulnerabilidade ao risco de cortes na cadeia de fornecimento. Qualquer interrupção pode levar a perdas financeiras, quebra no preço das ações e maior volatilidade no preço das ações.

As perturbações catastróficas podem mesmo colocar em perigo a viabilidade da empresa. A boa governação empresarial exige que os executivos em posições de responsabilidade definam previsões de desempenho e protejam os interesses dos acionistas.

Dado o atual ambiente económico e a atenção crescente que se dedica a algumas interrupções de fornecimento notórias à escala global (a heparina contaminada adquirida na China em 2008, a greve portuária de 2002 na costa ocidental dos Estados Unido, e o incêndio na fábrica de microcircuitos da Phillips em 2000, para dar alguns exemplos), os executivos começam agora a avaliar e mitigar os riscos nas suas próprias cadeias de fornecimento.

À medida que estes executivos trabalham para mitigar o risco, podem procurar soluções de transferência do risco na indústria seguradora.

Historicamente, a única proteção disponível apresentava-se sob três formas: proteção nas perdas de exploração por motivos de emergência (contingent business interruption, CBI), proteção da navegação marítima e interior, e protecção contra as perdas decorrentes da interrupção de operações comerciais (trade disruption insurance, TDI). Estas proteções, mesmo combinadas, não contemplam alguns dos riscos pertinentes para gestores das cadeias de fornecimento.

• A CBI está disponível através do mercado normal de seguros de propriedade e fornece uma proteção de alcance reduzido às interrupções decorridas de perdas físicas diretas ou sinistros nas instalações dos fornecedores.

• A cobertura da carga transportada por via marítima protege contra perdas físicas diretas ou estragos na carga resultantes de perigos marítimos incêndios, pirataria, alijamentos, barataria do comandante, explosão, defeitos na embarcação que causem estragos e outros perigos. Habitualmente, a proteção de carga marítima não inclui as perdas de exploração, embora possa ser aditada para se adequar a cargas específicas em determinado projeto, sujeitas aos mesmos perigos cobertos.

• A proteção oferecida à navegação interior também cobre as perdas físicas diretas ou os sinistros de fornecimento. A proteção contra perdas de exploração, se for aditada, restringe-se tipicamente a um limite relativamente baixo.

• A TDI está disponível para os transportes em embarcação marítima e cobre a interrupção ou atraso do transporte de mercadorias que se deva a perdas físicas ou sinistro na embarcação, negligência da tripulação, guerra (exceto entre os EUA, RU, França, Rússia e China), greves, risco político, doença infeciosa a bordo da embarcação, e por aí em diante.

Quais são as lacunas potenciais na proteção? À exceção da cobertura TDI, só as interrupções causadas por perda física direta ou estragos/ sinistro são cobertas, mesmo nos casos em que se expandiu a proteção contra as perdas de exploração.

Embora a TDI ofereça cobertura em casos de greve ou risco político, essa cobertura limita-se tipicamente à embarcação, o que significa que as instalações dos fornecedores e os perigos de transporte fl uvialficam, em geral, por cobrir.

Como solução para essas lacunas, a Lexington Insurance Company desenvolveu o Global Supply Secure®, uma proteção "contra todos os riscos" de perda de exploração dedicada aos perigos inerentes à cadeia de fornecimento. A cobertura abrange, assim, os fornecedores incluídos na apólice bem como qualquer equipamento necessário às atividades de transporte que o fornecedor empregue para remeter carga a qualquer subscritor de uma apólice Global Supply Secure.

O Global Supply Secure é uma proteção independente que se pretende complementar a todas as outras proteções contra perda de exploração por motivos de emergência. Expande-se a cobertura de perigos ou acontecimentos como a bancarrota de determinado fornecedor reconhecido em apólice, uma greve, risco político, pandemia, ou uma retirada de mercado ou quarentena declarada por um governo que resulte em perdas financeiras — mesmo na ausência de perdas físicas diretas ou sinistros.

A Lexington oferece cobertura a fabricantes locais e às suas fi liais no estrangeiro. As empresas Select Chartis International oferecem soluções de cobertura aos fabricantes estrangeiros. O processo de subscrição do Global Supply Secure começa com uma avaliação do plano de manutenção de atividades do fabricante e também do risco inerente à sua cadeia de fornecimento.

Dá-se especial atenção às inter-relações e dependência de recursos entre todas as entidades na cadeia de fornecimento para identificar e avaliar potenciais estrangulamentos, concentrações geográficas e pontos únicos de falha potencial. Os fornecedores e as suas instalações, os prestadores de soluções logísticas, portos de entrada e saída, centros de distribuição e clientes finais, todos são considerados e avaliados.

O Risco do Vendedor
Embora vender a clientes num mercado global tenha criado oportunidades substanciais de crescimento para muitos fornecedores, também originou vulnerabilidade acrescida ao incumprimento dos compradores e ao impacto adverso nos resultados e fluxo de caixa do vendedor.

Os mecanismos utilizados para proteger os interesses financeiros do vendedor evoluíram, das letras de crédito aos seguros de financiamento do comércio, no intuito de reduzir o custo da gestão dos riscos financeiros colocados pela cadeia de fornecimento.

Historicamente, tem sido frequente o uso de letras de crédito para pagar bens adquiridos internacionalmente. Os compradores pediam aos seus bancos para abrir letras de crédito a favor do fornecedor, que podia então liquidá-las ao apresentar guias de remessa/expedição e outros documentos que provassem a entrega dos artigos.

Mesmo sendo as letras de crédito uma forma de pagamento muito segura tanto para o comprador como para o comprador, são dispendiosas e difíceis de administrar, especialmente se houver vários passos na cadeia de fornecimento ou muitas discrepâncias nos documentos de transporte.

As transações em conta aberta, apoiadas por apólices de seguro de financiamento do comércio, têm crescido em resposta a estes desafios.
Estas apólices cobrem, de uma forma geral, todas as vendas de um fornecedor aos seus compradores durante um período de 12 meses em que vigore a apólice. A cobertura é ativada pela falta de liquidez do comprador, mas também pode dar respostas a riscos políticos como os embargos comerciais ou revogação de licenças.

A Chartis oferece uma gama de apólices de financiamento do comércio a partir de 13 escritórios em todo o mundo. Algumas apólices destinam-se a cobrir fornecedores com forte disciplina de gestão de crédito contra o risco de uma ou mais perdas catastróficas, enquanto outras oferecem avaliação do crédito e serviços de cobrança num pacote integrado. Estas apólices são cada vez mais utilizadas por fornecedores para obter financiamento em condições favoráveis junto de mutuantes que oferecerão capital operacional para aquisição de matéria-prima e consequente criação de nova mercadoria para expedição.

É frequente ser o mutuante o beneficiário com direito a compensação por perdas e danos em tais apólices. À medida que o mundo vai deixando para trás a recessão global e as empresas procuram novas oportunidades de crescimento, os gestores de risco, gestores de logística e gestores financeiros prudentes concentrar-se-ão em mitigar os riscos nas suas cadeias de fornecimento. A transferência de risco para um segurador global com experiência em gestão de subscrições e reivindicações será parte da estratégia de Gestão do Risco. A Chartis, com a sua presença global, solidez financeira e experiência abrangente, está bem posicionada para se tornar um gestor de risco de confiança, e segurador dos clientes dos seus clientes.


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