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Grupo Suzano

Em 2009 o Grupo Suzano completou 85 anos, com muita força e vigor. Um atestado da sua bem sucedida trajetória, sempre apoiada na crença de um Brasil justo e de futuro.

Grupo Suzano
Constantes atitudes empreendedoras, que caracterizam a família Feffer, transformaram um simples negócio de produção de envelopes em um dos mais sólidos, dinâmicos e diversificados congomerados empresariais privados brasileiros, com faturamento superior a US$ 3,5 bilhões. Mais de 5 mil colaboradores e outros cerca de 20 mil empregados indiretos movimentam a própria empresa e as diversas regiões onde ela atua.

Este dinamismo, esta determinação em crescer de forma estruturada, esta definição de oferecer produtos e serviços diferenciados estão entre os fatores que caracterizam a Suzano. E tudo começou quando o ucraniano Leon Feffer, em 1921, emigrou para o Brasil com pouco mais de 18 anos, ao lado da mãe, um irmão e duas irmãs.

Naquela época, a economia brasileira era apoiada na cafeicultura, o setor industrial ainda era incipiente e quase todos os produtos eram importados. Diante desse desafio – país estranho, língua diferente, pessoas desconhecidas – e perante esse enorme potencial, Leon estabeleceu-se como comerciante em São Paulo.

Entre as várias mercadorias que vendia, estava o papel. E, em meados dos anos 30, abriu também uma tipografia e uma pequena fábrica de envelopes. Em 1939 a veia empreendedora de Leon saltou forte e fez com que se desfizesse de todo o patrimônio que já havia construído, inclusive a casa da família, a fim de obter os recursos necessários para montar uma fábrica.

Percebendo que a produção brasileira de papel era insuficiente e que a importação seria prejudicada com o início da II Gerra Mundial, Leon Feffer decide investir na fabricação de papel. E assim, instalada no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, nasce a primeira unidade industrial do Grupo Suzano. Nome que, aliás, surgiu apenas 1955, quando Leon Feffer incorporou a Indústria de Papel Euclides Damiani, localizada na cidade de Suzano, a cerca de 40 km da capital paulista.

Por sua proximidade com as artes, especialmente a música, e sua expressiva presença no cenário cultural paulistano, Max Feffer exerceu, no final dos anos 70, o cargo de Secretário de Estado da Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo e foi o responsável pela criação de projetos musicais existentes até aos dias de hoje, como o Festival de Jazz e o Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Em 1999, sua mente criativa e artística deu vida ao Instituto Ecofuturo, uma organização não governamental que visa promover o desenvolvimento sustentável através de investimentos e ações em educação, leitura e meio ambiente.

Atualmente, o Instituto Ecofuturo, sob a presidência de Daniel Feffer (um dos filhos de Max), possui 83 bibliotecas comunitárias instaladas em seis estados brasileiros, realiza um dos maiores concursos nacionais de redação para jovens e adolescentes e é responsável pelo Parque das Neblinas, área de mais de 2 700 hectares, a cerca de 100 km de São Paulo, com Mata Atlântica totalmente preservada, hoje utilizada para visitação e estudos.

E foi graças a iniciativas como estas que Leon (falecido em 1999) e Max Feffer (falecido precocemente em 2001) deixaram marcas indeléveis na história do desenvolvimento industrial do Brasil e no desenvolvimento socioambiental, provando, ou comprovando, que empresários diferenciados podem aliar o sucesso nos negócios a uma consistente ação social. Com o falecimento prematuro de Max,

David Feffer, o mais velho dos seus quatro filhos, assumiu a presidência do Grupo Suzano e imprimiu um ritmo forte aos negócios, gerando as condições necessárias para um crescimento vigoroso e sustentado. Entre seus principais marcos estão a criação, em 2003, da Suzano Holding, consolidando o modelo de gestão, com foco em transparência e excelência empresarial; a reestruturação da Suzano Petroquímica passando, a partir de 2004, a ser a primeira empresa de controle familiar a aderir ao nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa; a profissionalização das empresas do Grupo, com rígidos critérios de governança corporativa; e a construção de uma nova unidade de celulose de mercado em Mucuri, no extremo sul da Bahia.


Uma gestão exemplar
 A partir de uma visão que prioriza a gestão profissional de alta performance, a parceria com o mercado de capitais e o controle familiar, as empresas do Grupo Suzano destacam-se nas mais diversas áreas de negócios por valorizarem a inovação, por atenderem aos requisitos de governança corporativa e pelo legítimo compromisso socio ambiental. Com uma trajetória marcada pela capacidade de inovar, de assumir riscos e de ousar na proposta de novos modelos de negócio e produtos, na busca de soluções geradoras de valor agregado para a organização e para a sociedade.


leon Feffer, o homem 
Além do homem de negócios que era, Leon dedicou parte da sua vida a várias atividades comunitárias. Participou em instituições como a Casa de Cultura de Israel, a Federação Israelita do Estado de São Paulo, o Hospital Albert Einstein (já há vá- rios anos considerado como referência na América Latina), o Colégio Renanscença, entre outras.

Foi um dos fundadores do clube "A Hebraica” (um dos mais ativos clubes esportivos e recreativos da cidade de São Paulo) e, desde 1956 até seu falecimento, exerceu o cargo de cônsul de Israel no Brasil. A partir da década de 1970, acompanhou a transição da liderança do Grupo Suzano para seu filho Max, que conduziu bem-sucedida expansão nas áreas papel e celulose, embalagens e petroquímica.


A sucessão
Max Feffer era um empreendedor nato que, desde jovem, colaborou com o pai na expansão do Grupo Suzano. Nos anos 50 liderou a equipe de cientistas que pesquisava matérias-primas alternativas para a produção de celulose a partir do eucalipto, experiências essas que mais tarde iriam revolucionar a fabricação de papel no Brasil e nas Américas. Como profissional de grande visão estratégica, também foi responsável pela diversificação e consolidação do Grupo, realizando investimentos no setor petroquímico e profissionalizando a gestão.


Suzano e Sonae 
A joint venture formada entre os Grupos Suzano e a Sonae veio reforçar a parceria já existente desde 2002 na corretora de seguros brasileria Lazam-MDS. Baseada na semelhança de valores entres estes dois grupos – gestão sólida e profissional, controle familiar, perenidade e foco no longo prazo - a holding assim formada reúne todos os investimentos na área de corretagem de seguros e resseguros, reforçando a competitividade internacional da MDS Holding e permitindo aproveitar o crescimento do mercado de seguros brasileiro, bem como apostar na expansão dos negócios na América Latina, consolidando, assim, a estratégia de crescimento.

Com uma carteira de prêmios que se aproxima de US$2 bilhões, esta parceria é a única não americana ou inglesa entre as maiores empresas de seguros e de resseguros que atuam em mercados de alto potencial de crescimento. No total, são cerca de 1 200 colaboradores em 21 países, todos sob a direção da Comissão Executiva liderada por José Manuel Fonseca.


Nota do editor: artigo escrito em Português do Brasil.

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